Logo que entra um espermatozóide, a permeabilidade do óvulo modifica-se tornando-se impermeável para os restantes espermatozóides.Depois da fecundação, o zigoto se divide rapidamente e avança em direção à cavidade uterina, em cuja camada interna, se implanta, caso esta se encontre preparada para recebê-lo.
Na zona de implantação desenvolve-se mais tarde a placenta, órgão de estrutura muito complexa, por meio do qual o feto se nutre respira e elimina secreções. Quando a gravidez se desenvolve fora do útero, sobrevém a gravidez ectópica (fora do local normal), cuja forma mais comum é a gravidez tubária, que ocorre num proporção de um para 250 ou 300 casos, e é mais comum na raça negra. Nesses casos, o zigoto não chega ao útero.
Aproximadamente às 30 horas depois da fecundação, produz-se a primeira divisão deste novo ser que posteriormente se converte num embrião de três células, denominado mórula, e que continua a dividir-se até ter, aos três dias, aproximadamente. 12 a 16 células, atingindo aos quatro dias a fase de mórula avançada. Aos cinco dias da fecundação começa a entrar líquido no óvulo formando-se uma cavidade, o blastocelo, que dará lugar ao blastócito, que avança pela trompa até ao útero, onde chega pelo sexto ou sétimo dia, para se implantar na mucosa uterina chamada endométrio. Para que isso ocorra, é preciso que o endométrio esteja num estado receptivo pela acção dos hormônios do ovário, que são o estradiol e a progesterona. A implantação consiste no processo no qual o blastócito perfura o endométrio, penetra-o e forma um ninho no seu interior. A implantação completa-se quando o endométrio recobre o embrião e envolve-o totalmente. A partir da implantação, o corpo materno reconhece que há um novo indivíduo em desenvolvimento e começa a reagir à sua presença. Por essa razão, a Organização Mundial da Saúde (OMS), considera que a gravidez, que é uma condição da mãe, não do novo indivíduo em desenvolvimento, começa após completar-se a implantação. A reacção do corpo materno deve-se, pelo menos em parte, à secreção de gonadotrofina coriónica, hormônio produzido pelas células que constituirão a placenta. Este hormônio atinge a circulação sanguínea materna e age sobre o ovário impedindo que ocorra a menstruação.
Sem comentários:
Enviar um comentário